terça-feira, 26 de outubro de 2010

1º Coríntios & 2º Coríntios

1º Coríntios & 2º Coríntios


1º Coríntios (1Co)

Autor: Paulo

Data: Cerca de 56 dC

Autor

A autenticidade de 1Co nunca foi seriamente desafiada. Em estilo e filosofia, a epístola pertence a Paulo

Data

Paulo estabeleceu a Igreja em Corinto por volta de 50-51 dC, quando passou dezoito meses lá em sua segunda viagem missionária (At 17.1-17). Ele continuou a levar a correspondência adiante e a cuidar da igreja depois de sua partida (5.9; 2Co 12.14). Durante esse ministério de três anos em Efeso , em sua terceira viagem missionária (At 19), ele recebeu relatórios perturbadores sobre a complacência moral existente entre os crentes de Corinto. Para remediar a situação, ele enviou uma carta à igreja ( 5.9-11), que depois se perdeu. Pouco depois, uma delegação enviada por Cloe, membro da igreja em Corinto fez um relato a Paulo sobre a existência da facções divisórias na igreja. Antes que pudesse escrever uma carta corretiva, chegou outra delegação de Corinto com uma carta fazendo-lhe certas perguntas(7.1; 16.17). Paulo enviou imediatamente Timóteo a Corinto (4.17). Então, ele escreveu a carta que conhecemos como 1 Co, esperando que a mesma chegasse a Corinto antes de Timóteo (16.10). Visto que Paulo, aparentemente, escreveu a carta próximo ao fim do seu ministério em Éfeso (16.8) ela pode ser datada cerca de 56 dC.

Contexto Histórico

A carta revela alguns problemas culturais gregos típicos dos dias de Paulo, incluindo a grande imoralidade sexual da cidade de Corinto. Os gregos eram conhecidos por sua idolatria, filosofias divisórias, espírito de litígio e rejeição de uma ressurreição física. Corinto era uma das cidades comerciais mais importantes da época e controlava grande parte das navegações entre o Oriente e o Ocidente. Situava-se na parte da Grécia e a península de Peloponeso. A cidade era infame pela sua sensualidade e prostituição sagrada. Mesmo seu nome tornou-se um provérbio notório: “corintizar” significava praticar prostituição. A principal divindade da cidade era Afrodite (Vênus), deusa do amor licencioso, e milhares de prostitutas profissionais serviam no templo dedicado à sua adoração. O Espírito da cidade apareceu na igreja e explica o tipo de problemas que as pessoas enfrentavam.

Também revela alguns dos problemas que os antigos pagãos tinham em não transmitir experiências religiosas anteriores à experiência de ministério do Espirito Santo. Eles podem ter associado algumas das extravagâncias frenéticas do paganismo com o exercito de dons espirituais (12.2).

Conteúdo

A carta consiste na resposta de Paulo a dez problemas separados:

Um espírito sectário, incesto, processos, fornicação, casamento e divórcio, ingestão de alimentos oferecidos a ídolos,uso do véu, a Ceia do Senhor, dons espirituais e a ressurreição do corpo.



Cristo Revelado

A epístola contém uma revelação inigualável sobre a cruz de Cristo como uma oposição a todas as jactâncias humanas (caps 1-4) Paulo cita Cristo como nosso exemplo em todo comportamento (1.11) e descreve a igreja como seu Corpo (cap 12). De especial importância são as poderosas conseqüências da ressurreição de cristo para toda a criação (cap 15).

O Espírito Santo em Ação

As manifestações ou dons do Espírito formam as passagens mais conhecidas sobre o Espírito Santo (caps 12-14). Mas não devemos fazer vista grossa ao papel do Espírito Santo em revelar as coisas de Deus ao espírito humano de uma maneira que impede todas as bases para o orgulho (2.1-13). Talvez o mais iluminador entre o debate atual da igreja em geral seja a maneira como o apóstolo direciona os coríntios a um equilibrado emprego de falar línguas, afirmando essa prática e recusando qualquer direito de proibi-la (cap 14)

Esboço de 1º Coríntios

Introdução com saudação e ação de graças 1.1-9

I. O problema de um espírito sectário que surgiu de uma preferência por lideres religiosos devido à sua suposta sabedoria superior 1.10-4.21

O contraste entre a sabedoria divina e a humana sobre a cruz mostra o erro de um espírito sectário que se origina da sabedoria humana 1.10-3.4

O papel dos líderes religiosos mostra que eles são importantes, mas nunca motivo para jactância 3.5-4.5

Uma repreensão aberta por comparação irônica do orgulho coríntio com a loucura de Paulo 4.6-21

II. O problema da disciplina da Igreja interna ocorrida devido a um caso de incesto 5.1-13

III. O problema de processos entre os cristãos perante cortes públicas 6.1-11

IV. O problema de abuso sexual do corpo oriundo de uma aplicação errônea do ensinamento ético de Paulo 6.12-20

V. O problema do relacionamento entre a esfera secular e a vida espiritual do crente, especialmente nas áreas de sexo, casamento e escravidão. 7.1-40

VI. O problema de diferença ética entre irmãos causado pela ingestão de alimento oferecido aos ídolos 8.1-11.1

O princípio básico do amor versus conhecimento 8.1-13

O exemplo pessoa de Paulo antecede a seus direitos. 9.1-27

A aplicação do principio em comportamento e ação 10.1-11.1

VII. O problema do papel dos sexos à luz da retirada do véu 11.2-16

VIII. O problema de profanar a Ceia do Senhor 11.17-34

IX. O problema de manifestações espirituais que se originaram de uma abuso do dom de línguas 12.1-14.40

A necessidade de diversidade 12.1-31

A necessidade de amor 13.1-13

A necessidade de controle 14. 1-40

X. O problema da ressurreição dos mortos 15.1-58

XI. Concluindo observações pessoais 16.1-24

Fonte: Bíblia Plenitude



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2º Coríntios (2Co)

Autor: Paulo

Data: Cerca de 55 - 56 dC

Contexto Histórico e Data



2Co reflete, de várias maneiras, o tratamento de Paulo com a Igreja de Corinto durante o período da fundação, por volta de 50 dC, até a redação desta epístola, em 55 ou 56 dC. Os vários episódios na interações entre Paulo e os coríntios podem ser resumidos conforme a seguir:

A visita de Fundação a Corinto durou cerca de dezoito meses. At 18

Paulo escreveu um epístola anterior a 1Co . (1Co 5.9)

Paulo escreveu 1Co em Éfeso por volta de 55 dC

Uma breve porém dolorosa visita a Corinto causou “tristeza” a Paulo e à igreja (2Co 2.1; 13.2)

Depois dessa dolorosa visita, Paulo escreveu um epístola severa, entregue por Tito (2Co 2.4; 7.6-8)

Paulo escreveu 2Co da Macedônia, durante seu caminho de volta a Corinto, em 55 ou 56 dC

A visita final de Paulo a Corinto (At 20), provavelmente, tenha ocorrido quando ele escreveu Rm, pouco antes de voltar a Jerusalém. A visita dolorosa, que At não registra, e a carta severa fornecem pano de fundo imediato para a redação de 2Co.

Não possuímos a epístola Severa, embora alguns estudiosos tenha sugerido que 2Co 10-13 possa ter sido parte dela. Entretanto, não há evidências manuscritas que fundamentos esse ponto de vista.

Características



2Co é a mais autobiográfica das epístola de Paulo, contendo inúmera referências às dificuldades que ele enfrentou no curso de seu ministério (11.23-33). Paulo as menciona para estabelecer a legitimidade de seu ministério e para ilustrar a natureza de verdadeira espiritualidade.

Ao defender seu ministério, Paulo abre seu coração, mostrando sua profunda emoção. Ele revela o seu forte amor pelos coríntios, seu zelo ardente pela glória de Deus, sua lealdade inflexível à verdade do evangelho e sua indignação implacável ao confrontar aqueles que rompem o companheirismo da igreja. Sua vida estava inseparavelmente leigada à de seus convertidos, e ele não era profissionalmente frio em seu ministério ( 1.6; 5.13; 7.3-7;11.2; 12.14-15).

Conteúdo



2Co consiste de três partes principais. Os primeiros sete capítulos contêm a defesa de Paulo sobre a sua conduta e o seu Ministério. A segunda parte, caps. 8-9, trata da oferta sendo levantada por Paulo para os santos pobres da Judéia e a Terceira parte, os caps 10-13, contêm uma mensagem de reprimenda aos caluniadores existentes na igreja.

Cristo Revelado



Jesus é o foco de nosso relacionamento com Deus. Todas as promessas de Deus para nós são sim em Jesus, e dizemos “amém” à estas promessas (1.9-20). Jesus é o Sim de Deus para nós e nosso Sim para Deus. Nós vemos a glória de Deus somente em Jesus e só nele somos transformados por essa glória (3.14,18), pois Cristo é a própria imagem de Deus (4.4-6). Deus veio até nós em Cristo, reconciliando o mundo consigo (5.19). Portanto, é “em Cristo” que nos tornamos novas criaturas (5.17). Essa mudança foi realizada através do maravilhoso ato de graça de Deus, no qual Cristo, “que não conheceu pecado”, tornou-se “pecado por nós, para que, nele, fossemos feitos justiça de Deus”(5.21).

Ele também é o foco de nosso serviço a Deus. Proclamamos a Jesus como Senhor e nós mesmo como servos por seu amor a ele (4.5). Nós compartilhamos não apenas a vida e a glória de Cristo, mas também sua morte (4.10-12), sua disposição de ser fraco de modo que os outros pudessem experimentar o pode de Deus (13.3-4,9), e a sua disposição de empobrecer, de modo que os outros pudessem enriquecer (8.9). Nós experimentamos sua fraqueza, mas também sua força, à medida que procuramos levar “cativo todo entendimento à obediência de Cristo” (10.5)

Mais uma vez, Ele é o foco de nossa presente vida neste mundo, onde experimentamos simultaneamente em nosso corpo mortal “a mortificação do Senhor Jesus” tanto quanto sua vida (4.10-11).

Por fim, Jesus é o foco de nossa vida futura, pois seremos ressuscitados com Jesus (4.14), que é o “marido” da igreja (11.2) e o juiz de todos os homens (5.10).

O Espírito Santo em Ação



O Espírito Santo é o poder do NT (3.6), pois ele torna real para nós as provisões presentes e futuras de nossa salvação em Cristo, através do dom do “penhor do Espírito em nossos corações”, nós asseguramos que todas as promessas de Deus são sim em Cristo e que somos ungidos e “selados” como pertencendo a ele (1.20-22). A experiência presente do Espírito é especificamente um “penhor” do corpo glorificado que receberemos um dia (5.1-5).

Nós não apenas lemos a respeito da vontade de Deus na “letra” das Escrituras, pois “a letra (sozinha) mata”. O Espírito que vivifica (3.6) muda nossa maneira de viver abrindo nossos olhos à realidade viva que lemos. Portanto, experimentamos progressivamente e incorporamos a vontade de Deus e nós mesmos nos tornamos epístolas de Cristo, “conhecida e lida por todos os homens” (3.2).

Quando nos submetemos à obra do ES, experimentamos um milagre. Achamos que “onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (3.17). Há liberdade pra contemplar a glória revelada do Senhor e para nos transformarmos mais e mais de acordo com a imagem que contemplamos. O Espírito Santo nos dá liberdade para vermos e liberdade para sermos o que Deus quer que sejamos (3.16-18).

A obra do ES é evidente na renovação interna diária (4.16), no conflito espiritual (10.3-5) e nos “sinais, prodígios e maravilhas” do ministério de Paulo (12.12). Paulo terminou sua epístola com uma bênção, que incluía a “comunhão (companheirismo) do Espírito Santo” (13.13). Isso poderia indicar um sentido da presença do Espírito ou, mais provavelmente, um deleite de companheirismo que o Espírito nos dá com Cristo e com todas as pessoas que amam a Cristo.



Esboço de 2º Coríntios

I. Saudação 1.1-2

II. Explicação do Ministério de Paulo 1.3-7.16

Consolação e sofrimento 1.3-11

Mudanças de Planos 1.12-2.4

Perdoando o ofensor 2.5-11

Perturbação em Trôade 2.12-13

Natureza do ministério cristão 2.14-7.4

Deleitando-se com o relatório de Corinto 7.5-16

III. Generosidade ao dar 8.1-9.15

Macedônios e Jesus como exemplos 8.1-9

Cumprindo as boas intenções 8.10-12

Compartilhando recursos 8.13-15

Uma delegação honrada 8.16-24

Preparação conveniente do dom 9.1-5

Bênção de dar 9.6-16

IV. Defesa e uso da autoridade apostólica 10.1-13.10

Repreensão por avaliação superficial 10.1-11

Repreensão por comparações tolas 10.12-18

Zelo de Deus pela Igreja 11.1-4

Comparação com falsos apóstolos 11.5-15

Tolerância mal orientada dos coríntios 11.16-21

Jactância relutante de Paulo 11.22-12.13

Anúncio da terceira visita 12.14-13.10

V. Saudações finais 13.11-14

Fonte: Bíblia Plenitude







Por: Diácono Ivan da Silva

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