terça-feira, 1 de novembro de 2011

Uma questão de cabelo

Estudo
Uma questão de cabelo
Queridos Irmãos em Cristo. Aqui vai um artigo que explica bem o que creio a respeito da "questão do cabelo". Espero que possa tirar dúvidas daqueles que com sinceridade buscam a verdade.
Este artigo foi escrito por David K. Bernard e traduzido por mim.
Um abraço,
Dc Ivan Silva
"Ou não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o varão ter cabelo crescido? Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar do véu".(I Coríntios 11: 14 -15).
Fundamento Bíblico
I Coríntios 11: 1-16 declara que homens deveriam ter cabelo curto, mas que mulheres deveriam ter cabelo longo não cortado. Nós obedecemos este ensinamento pelas seguintes razões que derivam desta passagem: (1) Isto demonstra a sujeição da esposa ao seu esposo. (2) Isto demonstra a sujeição da igreja à Cristo. (3) É um sinal aos anjos da obediência das mulheres cristãs a Deus. (5) A própria natureza ensina estes princípios. (6) Cabelo longo é uma vergonha para os homens, mas honra para as mulheres. (7) Este é um dos métodos de Deus para manter uma clara distinção entre masculino e feminino.
CABELO
No Velho Testamento para Deus cabelo abundante (comprido) simboliza perfeição, força, glória e separação para um propósito santo. Cortar o cabelo simbolizava desgraça, luto, e glória que havia partido. Com isto em mente, é fácil ver como cabelo comprido em uma mulher cumpre todos os objetivos descritos acima. A seguir nós vamos tratar de várias perguntas importantes que surgiram a respeito de cabelo.
I Corintios 11: Cabelo longo como um véu (cobertura)
Teólogos têm interpretado I Coríntios 11: 1- 16 de duas maneiras. Primeiro, alguns têm compreendido que toda a passagem se refere diretamente ao cabelo. Nós basicamente apresentamos este ponto de vista em " À Procura de Santidade". Da mesma maneira Elisabeth Rice Handford em "Suas roupas o dizem por você", ensinando que mulheres deveriam ter cabelos longos não cortados enquanto homens deveriam ter cabelo curto. Esta é uma posição respeitável como demonstrado em nota de rodapé na Bíblia Nova Versão Internacional ( em Inglês), que oferece a seguinte tradução alternativa para os versículos 4-7: "Todo homem que ora ou profetiza com a cabeça coberta desonra a sua própria cabeça; pois é como se a tivesse rapada. Se a mulher não cobre a cabeça, deve também cortar o cabelo; se porém, é vergonhoso para a mulher ter o cabelo cortado ou rapado, ela deve cobrir a cabeça. O homem não deve cobrir a cabeça ....
I Coríntios 11: Um véu literal?
A maioria dos estudiosos defendem que os versículos 4-7 se refere a um véu literal de pano. Nesta seção deixe nos assumir que eles estejam certos. Se assim, Paulo estava ensinando as mulheres de Corinto a usar véus em assembléias públicas porque era a roupa própria para mulheres virtuosas naquela cultura. Como um livro de referência afirma: "O véu era a roupa típica para mulheres ...prostitutas não usavam véu."
Portanto as mulheres cristãs de Corinto não deveriam usar sua liberdade cristã contradizendo o costume local se vestindo como prostitutas, adulteras e mulheres não submissas. O uso de um véu literal não se aplica para mulheres hoje a não ser que sua cultura o demande por amor ao decoro. No entanto o apelo de Paulo ao princípio universal ordenado por Deus nos versículos 13 – 16 para que mulheres tenham cabelo longo ainda permanece. Até a natureza ensina que as mulheres deveria ter um véu de cabelo longo; portanto era razoável para Paulo insistir também a respeito de um véu de pano. Ao estabelecer a regra relativa à cultura local em relação à véus, ele apelou à universal verdade que mulheres deveriam ter cabelo longo (não cortado).
Daniel Segraves trata este assunto em "Cabelos da mulher – Qual é o longo e o curto dele". Este ponto de vista também 'representado em Boas Novas para o Homem Moderno (Versão Inglesa de Hoje), sendo os versículos 5-6 e 13 – 16 transcritos abaixo: "E qualquer mulher que ora ou fala a mensagem de Deus em culto público com nada em sua cabeça desgraça seu esposo; não há diferença entre ela e uma mulher cuja cabeça tenha sido rapada. Se uma mulher não cobre a sua cabeça, ela pode também cortar seu cabelo. E desde que é algo vergonhoso para uma mulher rapar ou cortar seu cabelo, ela deveria cobrir sua cabeça... Julguem vocês mesmos: É decente para uma mulher orar a Deus em culto público com nada em sua cabeça? Porque a própria natureza te ensina que cabelo longo é algo que desgraça o homem, mas é o orgulho de uma mulher. Seu cabelo longo tem lhe sido dado para servir como cobertura. Mas se alguém quiser argumentar a respeito, tudo que eu tenho a dizer é que nem nós ou as igrejas de Deus tem qualquer outro costume na adoração". Algumas pessoas insistem que mulheres de todas as culturas hoje tenham que usar um véu de pano. No entanto uma tradução literal do Grego indica que cabelo longo é cobertura suficiente ao que se refere ao ensinamento da natureza. O Novo Testamento interlinear Grego – Inglês afirma: "O cabelo longo em vez de um véu é lhe dado" (versículo 15).
Um ensinamento Universal
Alguns ensinam que I Coríntios 11: 1 -16 está relacionado só com a cultura de Corinto e não tem nenhuma aplicação hoje. Porém, Paulo baseou seu ensinamento na própria natureza ( I Coríntios 11: 14). Todas as igrejas nos dias de Paulo aderiram ao seu ensinamento a respeito do cabelo, independentemente de sua origem cultural. Todos cristãos judeus, gregos e romanos concordavam com este ensinamento. Isto não era meramente um costume local, mas uma prática universal em todas as igrejas. "Se alguém quiser fazer polêmica a esse respeito, nós não temos outro costume- nem as igrejas de Deus ( I Coríntios 11: 16, Nova Versão Internacional em Inglês).
Nota do tradutor: Neste ponto achei interessante acrescentar um trecho do comentário que o Ph. D., R. N. Champlin fez em "O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo" a respeito de I Coríntios 11: 16, o qual se segue : {"Este versículo tem sido torcido pelos intérpretes modernos, geralmente sem erudição, a fim de lançar por terra todo o argumento de Paulo em favor do uso de cabelos longos e de véu para as mulheres, como se esse apóstolo tivesse dito que se um homem resolvesse levantar objeção por esse motivo, seria melhor esquecer-se completamente da questão. Mas esta interpretação é inteiramente estranha ao contexto inteiro. Paulo não haveria de escrever seus argumentos de muitas facetas, em favor do uso de cabelos longos e do véu para as mulheres crentes, somente para depois de tudo, dizer que se encontrasse oposição a isso, permitiria as igrejas locais fazerem como melhor lhes parecesse. Esse tipo de interpretação se tem desenvolvido por causa de uma <>, que tenta fazer o apóstolo dizer o que queremos ouvir, mas que ignora o que ele realmente ensinou. Essas palavras também podem ser traduzidas como se segue: "Se alguém se inclina para o debate, não conhecemos qualquer outra prática, e nem as igrejas de Deus"(RSV, aqui vertida para o português). Ou então: "Porém, se alguém parece ser contencioso, nós não temos tal costume (conforme este alguém propõe), e nem também as igrejas de Deus". (Robertson e Plummer, in loc.)}
Mesmo que venhamos interpretar os versículos 4 – 7 como uma discussão de um véu literal na cultura Corintiana, nós não poderemos relegar o ensinamento dos versículos 13 – 16 meramente à cultura de Corinto. O Comentário Bíblico de Wyclife afirma: "Alguns dizem que este costume era peculiar a Corinto, mas as palavras de Paulo; nem as igrejas de Deus, argumentam contra este ponto de vista. Outros insistem que o costume não deve ser aplicado hoje... No entanto deveria se notar que cada uma das razões dadas para o uso do véu são tiradas de fatos permanentes, que duram enquanto a ordem presente na terra durar... Uma palavra final: Na análise final, o véu não é a coisa importante, mas a subordinação que ele representa. A presença dos dois é ideal ".
A esta análise adicionaremos que o cabelo longo de uma mulher é o véu dado pela natureza. Portanto esta passagem ensina tanto que a mulher deveria se submeter ao seu esposo e a Deus, quanto o fato de que ela deve ter cabelo longo como um símbolo de sua submissão. É claro que deveríamos enfatizar os princípios espirituais envolvidos. Não há nenhum benefício para a mulher ter cabelo não cortado se ela for rebelde, contenciosa ou impudente e atrevida . O cabelo por si só não a fará santa na presença de Deus. Ela tem que ter a atitude correspondente ao que o cabelo simboliza. No entanto a necessidade não é escolher entre a atitude ou a aparência. O desejo de Deus é que ela tenha santidade interior e exterior. Ela deveria ter um espírito modesto e submisso interior, mas mostrá-lo externamente através de suas ações e pelo símbolo ordenado por Deus, isto é seu cabelo longo.
O Ensinamento da Natureza
Apesar de Paulo ter apelado ao julgamento dos Coríntos com as implicações de sua cultura, ele apelo para a natureza ( e portanto ao Deus que estabeleceu a ordem natural das coisas) a fim de ensinar a respeito de cabelos longos para as mulheres. Exatamente como a natureza ensina isto? Paulo se referiu ao instintivo conhecimento da ordem natural dada por Deus para as coisas. Rousas Rushdoony citou Charles Hodge com aprovação: "Para uma mulher, porém, em todas as épocas e países, cabelo longo tem sido considerado um ornamento. Lhe é dado, diz Paulo, como um véu natural; e é uma glória porque é um véu".
A sociedade do antigo mundo de Paulo compreendia este principio da natureza, pois caso contrário ele não teria escrito o que ele escreveu. O Dicionário Bíblico Ilustrado afirma que mulheres por todo o período bíblico usavam cabelo comprido, basicamente sem cortar.
De acordo com o Dicionário Bíblico Pictórico de Zondervan, "nos tempos do Novo Testamento o cumprimento do cabelo era a marca distinta entre os sexos".
Inafortunadamente nossa sociedade tem se distanciado tanto dos princípios divinos que este ensinamento natural e instintivo não faz mais parte da nossa cultura. Da mesma maneira, Paulo apelou para a natureza para ensinar contra homossexualismo e lesbianismo (Romanos 1: 26-31), mas este ensinamento da natureza também está esvaindo rapidamente da consciência moderna. No entanto até hoje, pelo menos de uma maneira específica, a natureza ainda nos ensina a respeito do cabelo. "Calvície... é aparentemente herdada, e é de uma pequena forma um sinal de masculinidade, desde que esta tendência não se manifesta, mesmo que herdada, a não ser que haja uma concentração crítica de hormônio sexual no sangue. Como resultado mulheres raramente ficam calvas e homens que foram castrados antes da adolescência, aparentemente jamais ficam".
Portanto os homens tendem a ficar calvos como uma conseqüência normal de ser homem, enquanto mulheres normalmente não ficam calvas a não ser como resultado de desequilíbrio hormonal ou doença. Desta maneira a natureza nos ensina que pouco ou nenhum cabelo um acontecimento normal, mas que pouco ou nenhum cabelo na mulher não é natural e vergonhoso.
O ensino de outras passagens bíblicas
Já que este ensinamento da natureza era muito evidente para o povo de Deus tanto nos tempos do Velho quanto no Novo Testamento, não é surpresa encontrarmos pouco ensinamento direto referente a este assunto nas Escrituras. Até em I Coríntios 11 Paulo pressupõe que todos estavam conscientes deste ensinamento básico. Mesmo assim outras passagens bíblicas se referem à esta verdade. No Velho Testamento Deus pronunciou julgamento sobre as mulheres orgulhosas e cheias de jóias de Judá. "O Senhor rapará a cabeça das mulheres de Sião; O Senhor porá a descoberto as suas vergonhas". (Isaias 3: 17 NVI). Em vez de cabelo penteado (Isaias 3: 24 NVI). Ao tirar delas seu cabelo longo Deus tencionava tirar delas sua glória de mulher e lhes trazer vergonha. Em Jeremias 7: 29 Deus disse: "Corta o cabelo da tua cabeça e lança-o fora, e levanta o teu pranto sobre as alturas; porque já o Senhor rejeitou e desamparou a geração do seu furor". Toda a passagem mostra uma Jerusalém desviada (Jeremias 8: 5). Portanto Deus metaforicamente lhe ordenou cortar seu cabelo como símbolo de vergonha, desgraça, lamentação e luto. Aqui o cortar cabelo não representa um ato normal ou de justiça, mas um ato vergonhoso de um povo desviado que Deus tinha rejeitado e esquecido. O Novo Testamento nos mostra que as mulheres daquele tempo tinham cabelo longo. Uma mulher cujo nome não é citado lavou os pés de Jesus e secou os com seu cabelo (Lucas 7: 37-38). Em uma outra ocasião, Maria a irmã de Lazaro, ungiu os pés de Cristo com ungüento precioso e os secou com seu cabelo (João 11: 2; 12: 3). Certamente estas mulheres tinham cabelo longo para poderem fazer isto. Tanto Pedro quanto Paulo ensinavam contra arranjos de cabelo elaborados com ornamento trançados nestes cabelos (I Timóteo 2: 9; I Pedro 3:3). Este só podia ser um problema se mulheres tivessem um cabelo longo. Apocalipse 9: 8 descreve um exército de demônios que terão "cabelos como cabelos de mulheres". Esta descrição só tem sentido se nós compreendemos que o Novo Testamento espera que mulheres tenham cabelo longo ao passo que os homens devem ter cabelo curto. Além destas referências específicas, outras passagens tratam com o subjacente princípio de separação entre os sexos. É uma abominação para Deus que um homem vista roupa que é distintamente (tipicamente) feminina ou para uma mulher vestir roupa que é tipicamente masculina (Deuteronômio 22:5). Nenhum homem afeminado irá herdar o reino de Deus ( I Coríntios 6; 9,10). Quando I Coríntios 11 ensina que deveria haver uma clara diferença entre masculino e feminino em relação ao cabelo, não é estabelecida uma doutrina totalmente nova, mas simplesmente aplica um importante princípio ensinado em outros lugares nas Escrituras. Devemos notar que na Bíblia não há ordens específicas a respeito de uma maneira de pentear o cabelo, como, por exemplo, usar cabelo penteado de modo que fique em cima da cabeça ou para baixo; apesar de que muitas mulheres através da história têm usado cabelo preso à cabeça por motivos de asseio e conveniência.
O CABELO DOS HOMENS E O VOTO DE NAZIREU
O voto do nazireado proibia o corte do cabelo. Porque deus estabeleceu este voto para o homem já que cabelo longo é uma vergonha para eles? Números 6:18 mostra que o voto típico tinha natureza temporária. Depois do tempo que este voto tinha sido cumprido, ele rapava sua cabeça e oferecia seu cabelo como um sacrifício pacífico.
A Bíblia registra somente dois homens que tinham votos por toda sua vida de não cortar seu cabelo: Sansão e Samuel (Juizes 13: 5; I Samuel 1: 11). Além destes, João Batista provavelmente também era Nazireu (Lucas 1: 15). Em cada um destes casos, o Nazireu não escolheu este status para ele mesmo, mas Deus e seus pais assim o determinaram antes de seu nascimento. O cabelo longo era um sinal que o separava dos homens normais de sua sociedade, e provavelmente servia como uma marca de vergonha que ele carregava pela causa de Deus. Todos em Israel sabiam a respeito do voto do nazireado, de modo que seu cabelo único não era um sinal de feminilidade como o teria sido de outra maneira.
Em vista da natureza excepcional destes casos, nós não podemos usá-los para uma violação de I Coríntios 11: 14, da mesma maneira que não podemos usar a nudez temporária de Isaias (seja ela parcial ou total) ou a vergonha que Cristo passou na cruz para justificar roupa não modesta e decorosa (Isaias 20; Hebreus 12:2)
DIVERSAS OBJEÇÕES
Na tentativa de evitar o ensinamento das Escrituras no assunto referente à cabelos, várias objeções tem sido oferecidas, que nós estaremos reproduzindo e respondendo abaixo.
· "Absalão tinha cabelos longos" Absalão é um exemplo muito mau para ser seguido, já que ele não era um justo e morreu em rebelião contra o rei que Deus tinha ungido, seu próprio pai Davi. De fato seus cabelos aparentemente o causaram de ser pego nos galhos de uma árvore e por causa disto capturado e morto (II Samuel 18 :9). Também achamos que ele cortava seu cabelo de tempos em tempos, pelo menos uma vez por ano (II Samuel 14: 26). Mas se alguém insistir em querer usar Absalão como exemplo poderíamos dizer que cortar o cabelo uma vez por ano já não é ter cabelos longos.
· "Se cabelo longo em uma mulher significa cabelo não cortado, então certamente cabelo masculino é tecnicamente curto se ele o corta de vez em quando dentro de um longo espaço de tempo". I Coríntios 11: 5, 6 indica que se uma mulher corta seu cabelo então é o mesmo que se ela o rapasse totalmente. Já que a natureza ensina que mulheres deveriam ter cabelo longo, nós deveríamos deixar a natureza determinar o cumprimento ao deixar o cabelo crescer livremente. (Era isto que o voto do nazireado requeria). Qualquer outra definição de cabelo longo para uma mulher seria arbitrária, não poderia ser aplicado universalmente, e estaria sujeita a incerteza e abuso. Qualquer outra definição seria alterada centímetro por centímetro até que não teria significado algum. De modo que cabelo comprido para uma mulher tem que ser cabelo não cortado.
No entanto I Coríntios 11: 14, 15 indica que um homem deveria ter cabelo curto o suficiente para o distinguir claramente de uma mulher. Portanto não é o suficiente para um homem cortar seu cabelo algumas vezes na sua vida. O seu cabelo tem que ser observavelmente curto. O cumprimento poder mudar de tempo em tempo e de cultura para cultura. Em tempos passados, quando todas as mulheres tinham cabelo não cortado e quando os equipamentos modernos dos barbeiros, os homens usavam seus cabelos um pouco mais longos e mesmo assim não causavam confusão entre os sexos. Em nossos dias, no entanto, as mulheres têm cabelos mais curtos. Mais ainda, em nossa cultura o cabelo comprido nos homens tem sido usado para simbolizar rebelião contra a sociedade e a moralidade tradicional. Por estas razões, é necessário que os homens cristãos de nossos dias usem seus cabelos curtos de forma notável e inquestionável.
· "Algumas mulheres não conseguem fazer seus cabelos crescerem para serem longos". I Coríntios 11 não especifica qualquer dimensão para o comprimento do cabelo. A mulher deveria deixar a natureza determinar o comprimento do cabelo. Se ela deixar o cabelo crescer livremente, como os nazireus faziam, então Deus considera o cabelo delas como comprido.
· "O cabelo de uma mulher não é realmente um véu" Esta afirmação contradiz diretamente o que Paulo diz, ao nos ensinar que o cabelo de uma mulher é um véu para ela. Ele não nos disse para contarmos os centímetros quadrados de pele cobertos pelo cabelo. Em vez disto, ele queria dizer que o cabelo longo de uma mulher era uma cobertura simbólica que representava sua submissão à Deus e a seu marido. Obviamente, cabelo comprido não providencia o tipo de cobertura que roupas literais fazem, nem substitui a necessidade de roupas. No entanto serve como um véu simbólico.
· "Os israelitas rapavam a cabeça das mulheres cativas de acordo com Deuteronômio 21: 10-14". Como em Jeremias 7: 29 esta ação não caracteriza uma mulher justa normal, mas sim mulheres ímpias. O rapar da cabeça tirava a glória antiga da mulher pagã, a humilhava e envergonhava e a preparava para um mês de luto. Simbolizava a total renúncia da identidade passada de modo que ela pudesse se tornar uma israelita e elegível para casar um israelita. A conseqüência é que depois que ela se tornava uma israelita, seu cabelo não seria cortado novamente.
· "Tosquiar-se significa cortar o cabelo quase totalmente ou totalmente". Ao contrário quando se estuda os dicionários e léxicos padrão, vemos que em grego o verbo keiro simplesmente significa" cortar ou aparar". I Coríntios 11: 5, 6 especificamente distingue o significado desta palavra de uma palavra diferente "rapar" que em grego é " Xurao".
· "Em I Coríntios 11: 1-16 Paulo simplesmente citou uma carta dos coríntos e não ensinou esta doutrina". Esta objeção torce as escrituras para significar exatamente o que elas dizem claramente. Nenhuma tradução séria da Bíblia seguiu esta maneira estranha e perigosa de interpretação. Se este ponto de vista é correto, Paulo é culpado de escrever uma muito confusa e incompreensível passagem e falhar de responder aos coríntos adequadamente.
Além disso, como poderíamos explicar todas as outras evidências das Escrituras, natureza e cultura de que era esperado das mulheres ter cabelo longo e homens cabelos curtos? Como poderíamos explicar a afirmação de Paulo no versículo 16 de que as igrejas de Deus não têm outro costume que aquele que ele tinha acabado de descrever?
Ensinamento na História da Igreja
A respeito do cabelo dos homens no início da história da igreja, Rousas Rushdoony afirmou: "Concílios da igreja muito cedo censuraram cabelo longo nos homens como marca de feminilidade, como os romanos tinham antes deles. Não há evidência para apoiar a costumeira representação de que Cristo e os apóstolos tinham cabelos longos; a evidência da época indica que eles tinham cabelo bem curto".
Nós só precisamos ver as esculturas e a cunhagem das moedas desta época para verificar esta afirmação. Clemente de Alexandria (um dos pais da igreja) tinha muito a dizer sobre cabelo em " O Instrutor".
Ele ensinou contra tranças elaboradas, ondulações e ornamentação do cabelo, penteados elaborados, pintura do cabelo e usar cabelo falso. Ele admoestava mulheres a amarrar seus cabelos com simplicidade e não cortar afirmando: "Deus quer que as mulheres... se alegrem em suas mechas cresçerem espontaneamente". Ele disse para os homens não adornarem seus cabelos como mulheres ou os deixar com longos cachos de mulheres. Para evitar qualquer aparência de mulher ele recomendou que os homens rapassem suas cabeças ou ao menos deixassem seus cabelos bem curtos. Por que sua cultura considerava um homem sem barba efeminado, ele também aconselhou os homens a deixarem sua barba crescer ou a se barbear somente parcialmente. Tertuliano escreveu em seu tratado "Sobre a vestimenta das mulheres" que mulheres não deveriam colorir seus cabelos, usar perucas ou arranjar o cabelo elaboradamente. Tertuliano concordou com as Escrituras quando ele comentou: "Deixe o mundo, o rival de Deus, ver se é certo que cabelo cortado é gracioso para uma virgem da mesma forma que cabelos longos são para um menino".
Os Estatutos dos Santos Apóstolos advertiam os homens: "Não permita que o cabelo de sua cabeça cresça demais, mas em vez disto corte curto . . . Não é certo para ti, um crente e um homem de Deus, permitir que o teu cabelo cresça demais, e o escovar todo junto, nem o deixar se espalhar, nem o anelar, nem pelo belo penteado e incrustações para fazê-lo enrolar e brilhar".
João Crisóstomo interpretava os ensinamentos de Paulo em I Coríntios para se referia a cabelo longo. Em um sermão sobre este capítulo, Crisóstomo escreveu que Paulo: " afirma ambos, o véu e o cabelo, serem um, e também que ela novamente que é rapada é a mesma com aquela cuja cabeça está nua ... Ele indica que não somente no tempo de oração, mas também continuamente, ela tem que estar coberta . . . Mas em relação ao homem . . . o uso de cabelo longo é desencorajado por ele em todo o tempo".
No mesmo sermão, Crisóstomo comparou este ensinamento com Deuteronômio 22: 5, ressaltando que ambas as passagens ensinam uma distinção entre a aparência masculina e feminina. Através dos séculos, a pergunta a respeito das mulheres contar o cabelo não era um assunto importante porque mulheres tradicionalmente sempre tinham cabelo comprido. Como os escritos acima indicam, havia um problema histórico maior de homens usando e arrumando seus cabelos de forma feminina. Somente no século 20 a sociedade como um todo aceitou a prática de cortar o cabelo entre as mulheres. Mesmo assim nossa sociedade no fundo ainda tem algo contra mulheres tosquiadas ou calvas.
Depois da Segunda Guerra Mundial, muitas comunidades pegaram mulheres que colaboraram e se confraternizaram com os Nazistas e tosquiaram suas cabeças como marca de vergonha. Enciclopédias registram poucas ocasiões de mulheres que cortaram seus cabelos em épocas passadas. Uma exceção é que no Antigo Egito muitas mulheres rapavam suas cabeças e usavam véus. Em países Judeu-Cristãos mulheres usavam cabelos longos até o século 20. Como a Enciclopédia Britannica afirma; depois da Segunda Guerra Mundial "o cabelo era cortado curto".
Quando as mulheres começaram cortar seu cabelo, alguns grupos cristãos conservativos começaram tomar uma posição contra isto. A maioria dos grupos de santidade (Holiness) se opuseram, apesar deles terem amplamente relaxado sua posição. Os primeiros pentecostais em geral se opunham a isto, como demonstrado pela posição da "Apostolic Faith" Fé Apostólica e da Igreja Pentecostal Unida. Muitas mulheres em outras igrejas pró-santidade ou denominações pentecostais ainda hoje se recusam a cortar seu cabelo, como a Igreja de Deus ( Cleveland, Tennessee). Muitas igrejas Batistas independentes e outros fundamentalistas também se opõem a isto hoje, como é exemplificado por Elizabeth Rice Handford. Nós concluímos que apesar das atitudes de mudança da sociedade moderna, Deus ainda deseja que o homem tenha cabelo curto e mulheres tenham cabelo longo não cortado.

Por Dc Ivan Silva

Bibliografia
1
Wight, pp. 98-99.
2
The Wycliffe Bible Commentary, p. 1248.
3
Rushdoony, p. 348, quoting Charles Hodge, An Exposition of the
First Epistle to the Corinthians (Grand Rapids: Eerdmans, 1950), p.
213.
4
"Hair," The Illustrated Bible DIctionary (Wheaton, Ill.: Tyndale
House, 1980), II, 600.
5
"Hair," The Zondervan Pictorial Bible Dictionary, p. 330.
6
Isaac Asimov, The Human Body (New York: The New American
Library, 1963), p. 273.
7
For a presentation of these objections, see Woodrow, pp. 50-54.
8
Rushdoony, p. 348.
9
Clement of Alexandria, The Instructor, 3.2-3 & 11, ANF, II,
272-75 & 290.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

1º Coríntios & 2º Coríntios

1º Coríntios & 2º Coríntios


1º Coríntios (1Co)

Autor: Paulo

Data: Cerca de 56 dC

Autor

A autenticidade de 1Co nunca foi seriamente desafiada. Em estilo e filosofia, a epístola pertence a Paulo

Data

Paulo estabeleceu a Igreja em Corinto por volta de 50-51 dC, quando passou dezoito meses lá em sua segunda viagem missionária (At 17.1-17). Ele continuou a levar a correspondência adiante e a cuidar da igreja depois de sua partida (5.9; 2Co 12.14). Durante esse ministério de três anos em Efeso , em sua terceira viagem missionária (At 19), ele recebeu relatórios perturbadores sobre a complacência moral existente entre os crentes de Corinto. Para remediar a situação, ele enviou uma carta à igreja ( 5.9-11), que depois se perdeu. Pouco depois, uma delegação enviada por Cloe, membro da igreja em Corinto fez um relato a Paulo sobre a existência da facções divisórias na igreja. Antes que pudesse escrever uma carta corretiva, chegou outra delegação de Corinto com uma carta fazendo-lhe certas perguntas(7.1; 16.17). Paulo enviou imediatamente Timóteo a Corinto (4.17). Então, ele escreveu a carta que conhecemos como 1 Co, esperando que a mesma chegasse a Corinto antes de Timóteo (16.10). Visto que Paulo, aparentemente, escreveu a carta próximo ao fim do seu ministério em Éfeso (16.8) ela pode ser datada cerca de 56 dC.

Contexto Histórico

A carta revela alguns problemas culturais gregos típicos dos dias de Paulo, incluindo a grande imoralidade sexual da cidade de Corinto. Os gregos eram conhecidos por sua idolatria, filosofias divisórias, espírito de litígio e rejeição de uma ressurreição física. Corinto era uma das cidades comerciais mais importantes da época e controlava grande parte das navegações entre o Oriente e o Ocidente. Situava-se na parte da Grécia e a península de Peloponeso. A cidade era infame pela sua sensualidade e prostituição sagrada. Mesmo seu nome tornou-se um provérbio notório: “corintizar” significava praticar prostituição. A principal divindade da cidade era Afrodite (Vênus), deusa do amor licencioso, e milhares de prostitutas profissionais serviam no templo dedicado à sua adoração. O Espírito da cidade apareceu na igreja e explica o tipo de problemas que as pessoas enfrentavam.

Também revela alguns dos problemas que os antigos pagãos tinham em não transmitir experiências religiosas anteriores à experiência de ministério do Espirito Santo. Eles podem ter associado algumas das extravagâncias frenéticas do paganismo com o exercito de dons espirituais (12.2).

Conteúdo

A carta consiste na resposta de Paulo a dez problemas separados:

Um espírito sectário, incesto, processos, fornicação, casamento e divórcio, ingestão de alimentos oferecidos a ídolos,uso do véu, a Ceia do Senhor, dons espirituais e a ressurreição do corpo.



Cristo Revelado

A epístola contém uma revelação inigualável sobre a cruz de Cristo como uma oposição a todas as jactâncias humanas (caps 1-4) Paulo cita Cristo como nosso exemplo em todo comportamento (1.11) e descreve a igreja como seu Corpo (cap 12). De especial importância são as poderosas conseqüências da ressurreição de cristo para toda a criação (cap 15).

O Espírito Santo em Ação

As manifestações ou dons do Espírito formam as passagens mais conhecidas sobre o Espírito Santo (caps 12-14). Mas não devemos fazer vista grossa ao papel do Espírito Santo em revelar as coisas de Deus ao espírito humano de uma maneira que impede todas as bases para o orgulho (2.1-13). Talvez o mais iluminador entre o debate atual da igreja em geral seja a maneira como o apóstolo direciona os coríntios a um equilibrado emprego de falar línguas, afirmando essa prática e recusando qualquer direito de proibi-la (cap 14)

Esboço de 1º Coríntios

Introdução com saudação e ação de graças 1.1-9

I. O problema de um espírito sectário que surgiu de uma preferência por lideres religiosos devido à sua suposta sabedoria superior 1.10-4.21

O contraste entre a sabedoria divina e a humana sobre a cruz mostra o erro de um espírito sectário que se origina da sabedoria humana 1.10-3.4

O papel dos líderes religiosos mostra que eles são importantes, mas nunca motivo para jactância 3.5-4.5

Uma repreensão aberta por comparação irônica do orgulho coríntio com a loucura de Paulo 4.6-21

II. O problema da disciplina da Igreja interna ocorrida devido a um caso de incesto 5.1-13

III. O problema de processos entre os cristãos perante cortes públicas 6.1-11

IV. O problema de abuso sexual do corpo oriundo de uma aplicação errônea do ensinamento ético de Paulo 6.12-20

V. O problema do relacionamento entre a esfera secular e a vida espiritual do crente, especialmente nas áreas de sexo, casamento e escravidão. 7.1-40

VI. O problema de diferença ética entre irmãos causado pela ingestão de alimento oferecido aos ídolos 8.1-11.1

O princípio básico do amor versus conhecimento 8.1-13

O exemplo pessoa de Paulo antecede a seus direitos. 9.1-27

A aplicação do principio em comportamento e ação 10.1-11.1

VII. O problema do papel dos sexos à luz da retirada do véu 11.2-16

VIII. O problema de profanar a Ceia do Senhor 11.17-34

IX. O problema de manifestações espirituais que se originaram de uma abuso do dom de línguas 12.1-14.40

A necessidade de diversidade 12.1-31

A necessidade de amor 13.1-13

A necessidade de controle 14. 1-40

X. O problema da ressurreição dos mortos 15.1-58

XI. Concluindo observações pessoais 16.1-24

Fonte: Bíblia Plenitude



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2º Coríntios (2Co)

Autor: Paulo

Data: Cerca de 55 - 56 dC

Contexto Histórico e Data



2Co reflete, de várias maneiras, o tratamento de Paulo com a Igreja de Corinto durante o período da fundação, por volta de 50 dC, até a redação desta epístola, em 55 ou 56 dC. Os vários episódios na interações entre Paulo e os coríntios podem ser resumidos conforme a seguir:

A visita de Fundação a Corinto durou cerca de dezoito meses. At 18

Paulo escreveu um epístola anterior a 1Co . (1Co 5.9)

Paulo escreveu 1Co em Éfeso por volta de 55 dC

Uma breve porém dolorosa visita a Corinto causou “tristeza” a Paulo e à igreja (2Co 2.1; 13.2)

Depois dessa dolorosa visita, Paulo escreveu um epístola severa, entregue por Tito (2Co 2.4; 7.6-8)

Paulo escreveu 2Co da Macedônia, durante seu caminho de volta a Corinto, em 55 ou 56 dC

A visita final de Paulo a Corinto (At 20), provavelmente, tenha ocorrido quando ele escreveu Rm, pouco antes de voltar a Jerusalém. A visita dolorosa, que At não registra, e a carta severa fornecem pano de fundo imediato para a redação de 2Co.

Não possuímos a epístola Severa, embora alguns estudiosos tenha sugerido que 2Co 10-13 possa ter sido parte dela. Entretanto, não há evidências manuscritas que fundamentos esse ponto de vista.

Características



2Co é a mais autobiográfica das epístola de Paulo, contendo inúmera referências às dificuldades que ele enfrentou no curso de seu ministério (11.23-33). Paulo as menciona para estabelecer a legitimidade de seu ministério e para ilustrar a natureza de verdadeira espiritualidade.

Ao defender seu ministério, Paulo abre seu coração, mostrando sua profunda emoção. Ele revela o seu forte amor pelos coríntios, seu zelo ardente pela glória de Deus, sua lealdade inflexível à verdade do evangelho e sua indignação implacável ao confrontar aqueles que rompem o companheirismo da igreja. Sua vida estava inseparavelmente leigada à de seus convertidos, e ele não era profissionalmente frio em seu ministério ( 1.6; 5.13; 7.3-7;11.2; 12.14-15).

Conteúdo



2Co consiste de três partes principais. Os primeiros sete capítulos contêm a defesa de Paulo sobre a sua conduta e o seu Ministério. A segunda parte, caps. 8-9, trata da oferta sendo levantada por Paulo para os santos pobres da Judéia e a Terceira parte, os caps 10-13, contêm uma mensagem de reprimenda aos caluniadores existentes na igreja.

Cristo Revelado



Jesus é o foco de nosso relacionamento com Deus. Todas as promessas de Deus para nós são sim em Jesus, e dizemos “amém” à estas promessas (1.9-20). Jesus é o Sim de Deus para nós e nosso Sim para Deus. Nós vemos a glória de Deus somente em Jesus e só nele somos transformados por essa glória (3.14,18), pois Cristo é a própria imagem de Deus (4.4-6). Deus veio até nós em Cristo, reconciliando o mundo consigo (5.19). Portanto, é “em Cristo” que nos tornamos novas criaturas (5.17). Essa mudança foi realizada através do maravilhoso ato de graça de Deus, no qual Cristo, “que não conheceu pecado”, tornou-se “pecado por nós, para que, nele, fossemos feitos justiça de Deus”(5.21).

Ele também é o foco de nosso serviço a Deus. Proclamamos a Jesus como Senhor e nós mesmo como servos por seu amor a ele (4.5). Nós compartilhamos não apenas a vida e a glória de Cristo, mas também sua morte (4.10-12), sua disposição de ser fraco de modo que os outros pudessem experimentar o pode de Deus (13.3-4,9), e a sua disposição de empobrecer, de modo que os outros pudessem enriquecer (8.9). Nós experimentamos sua fraqueza, mas também sua força, à medida que procuramos levar “cativo todo entendimento à obediência de Cristo” (10.5)

Mais uma vez, Ele é o foco de nossa presente vida neste mundo, onde experimentamos simultaneamente em nosso corpo mortal “a mortificação do Senhor Jesus” tanto quanto sua vida (4.10-11).

Por fim, Jesus é o foco de nossa vida futura, pois seremos ressuscitados com Jesus (4.14), que é o “marido” da igreja (11.2) e o juiz de todos os homens (5.10).

O Espírito Santo em Ação



O Espírito Santo é o poder do NT (3.6), pois ele torna real para nós as provisões presentes e futuras de nossa salvação em Cristo, através do dom do “penhor do Espírito em nossos corações”, nós asseguramos que todas as promessas de Deus são sim em Cristo e que somos ungidos e “selados” como pertencendo a ele (1.20-22). A experiência presente do Espírito é especificamente um “penhor” do corpo glorificado que receberemos um dia (5.1-5).

Nós não apenas lemos a respeito da vontade de Deus na “letra” das Escrituras, pois “a letra (sozinha) mata”. O Espírito que vivifica (3.6) muda nossa maneira de viver abrindo nossos olhos à realidade viva que lemos. Portanto, experimentamos progressivamente e incorporamos a vontade de Deus e nós mesmos nos tornamos epístolas de Cristo, “conhecida e lida por todos os homens” (3.2).

Quando nos submetemos à obra do ES, experimentamos um milagre. Achamos que “onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (3.17). Há liberdade pra contemplar a glória revelada do Senhor e para nos transformarmos mais e mais de acordo com a imagem que contemplamos. O Espírito Santo nos dá liberdade para vermos e liberdade para sermos o que Deus quer que sejamos (3.16-18).

A obra do ES é evidente na renovação interna diária (4.16), no conflito espiritual (10.3-5) e nos “sinais, prodígios e maravilhas” do ministério de Paulo (12.12). Paulo terminou sua epístola com uma bênção, que incluía a “comunhão (companheirismo) do Espírito Santo” (13.13). Isso poderia indicar um sentido da presença do Espírito ou, mais provavelmente, um deleite de companheirismo que o Espírito nos dá com Cristo e com todas as pessoas que amam a Cristo.



Esboço de 2º Coríntios

I. Saudação 1.1-2

II. Explicação do Ministério de Paulo 1.3-7.16

Consolação e sofrimento 1.3-11

Mudanças de Planos 1.12-2.4

Perdoando o ofensor 2.5-11

Perturbação em Trôade 2.12-13

Natureza do ministério cristão 2.14-7.4

Deleitando-se com o relatório de Corinto 7.5-16

III. Generosidade ao dar 8.1-9.15

Macedônios e Jesus como exemplos 8.1-9

Cumprindo as boas intenções 8.10-12

Compartilhando recursos 8.13-15

Uma delegação honrada 8.16-24

Preparação conveniente do dom 9.1-5

Bênção de dar 9.6-16

IV. Defesa e uso da autoridade apostólica 10.1-13.10

Repreensão por avaliação superficial 10.1-11

Repreensão por comparações tolas 10.12-18

Zelo de Deus pela Igreja 11.1-4

Comparação com falsos apóstolos 11.5-15

Tolerância mal orientada dos coríntios 11.16-21

Jactância relutante de Paulo 11.22-12.13

Anúncio da terceira visita 12.14-13.10

V. Saudações finais 13.11-14

Fonte: Bíblia Plenitude







Por: Diácono Ivan da Silva

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

BODAS DE OURO 50 ANOS DE EXEMPLO E AMOR.
Existem muitos exemplos que a vida nos dá de tudo que aprendemos, mais vocês são exemplo do amor,compreensão e fidelidade, afinal de contas são cinqüenta anos, cinco décadas de dedicação, carinho e muita luta que fizeram de vocês duas pessoas que descobriram um no outro o que há de mais belo, a união, a entrega, a vivência de um para com o outro.




Sabe observando vocês a poesia toma um sentido mais lindo e fica fácil acreditar que ainda existe

amor nesse mundo.

Parabéns, a sublimidade da história de vocês realmente merece um homenagem especial neste dia e que as bodas de ouro seja uma pequena parte da maior homenagem que a vida dará a vocês, a felicidade porque merecem.





Parabéns Pelas Bodas de Ouro.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Pastores segundo o coração de Deus e pastores infiéis

Pastores segundo o coração de Deus e pastores infiéis


Escrito por Peter Unruh

Sex, 09 de Abril de 2010 08:45 - Última atualização Sáb, 17 de Abril de 2010 19:06


"Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e

inteligência". Jeremias 3:15 - Ultimamente tem surgido clamores de igrejas,

tanto da Alemanha, Rússia e do Brasil, onde o procedimento de vários pastores é

completamente contrário aos princípios da Palavra de Deus. Por esta razão faz-se necessário

uma exposição resumida dos princípios Bíblicos quanto a esta questão, bem como verificar os

procedimentos que a Palavra de Deus aprova ou condena.

1. Princípio Bíblico de Liderança.

Em primeiro lugar, a palavra pastor nunca aparece na Bíblia como sendo uma profissão, e

sim, como um ministério. Em Atos 20:17 e 28 aprendemos que os presbíteros da igreja

deveriam pastorear o rebanho. Pastorear não é exercer um cargo. e sim cuidar do estado

espiritual daqueles que foram salvos por Cristo Jesus.

Em segundo lugar, o Novo Testamento não conhece um sistema onde uma só pessoa tem

essa responsabilidade, que sempre era atribuída a vários presbíteros.

Atos 20:17 “De Mileto mandou chamar os presbíteros da igreja”.

E a estes presbíteros Paulo falou: Atos 20:28 "Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o

qual o Espírito Santo vos constituiu Bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele

comprou com o seu próprio sangue,"

Atos 14:23 "E, promovendo- lhes em cada igreja a eleição de presbíteros (plural) depois de

orar com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido"

Tito 1:5 b ". .. bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi."

Notamos em todas estas passagens que o Novo Testamento ensina que cada igreja deve ter

vários presbíteros (Líderes) e que eles em conjunto tem a responsabilidade de pastorear o

rebanho de Deus.

Naturalmente numa igreja nova isto levará alguns anos até que a igreja tenha vários

presbíteros, porém este sempre deve ser o objetivo. O Novo Testamento desconhece

totalmente um sistema onde um pastor tem o comando e os outros tem a obrigação de

obedecer, na igreja de Cristo.

Evidentemente haverá a necessidade de um dentre, os presbíteros, dirigir o planejamento

mas a responsabilidade pastoral recai sobre todo o presbitério. Atos 20:17 e 28. Veremos mais

adiante como o desejo de exercer o comando sobre todos os outros é carnal e anti bíblico.

As diferenças entre uma liderança dentro dos princípios bíblicos e dentro dos princípios

egoístas e carnais são explicadas com bastante detalhes, tanto no Velho como no Novo

Testamento. Queremos fazer uma comparação entre os dois tipos de pastores.

2. Pastor segundo o coração de Deus.

Já mencionamos que pastorado não é profissão - é ministério. Quando Jesus designou o

apóstolo Pedro para pastorear o rebanho, não perguntou das suas habilidades profissionais, e

sim "amas-me mais do que estes outros? " João 21:15-17.

Quem ama a Jesus, também amará aos que foram resgatados por Jesus e os tratará como

Jesus os tratou.

Vamos ver algumas das características do pastor segundo o coração de Deus.

Primeira característica: Auto entrega. "O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas". João

10:11. Este foi o exemplo que Jesus nos deu. O apóstolo Paulo nos dá um exemplo de como

se age com pessoas, mesmo cheio de problemas - e até fazendo oposição ao ministério, como

foi o caso dos coríntios. A estes Paulo escreve: "Eu de boa vontade me gastarei e ainda me

deixarei gastar em prol das vossas almas. Se mais vos amo, serei menos amado?" II Coríntios

12:15. O pastor segundo o coração de Deus não tem pena de si - ele se entrega e se gasta em

beneficio das ovelhas de Cristo.

Segunda característica: Preocupação com a restauração de cada um individualmente. A

parábola da ovelha perdida nos mostra este fato: "Que vos parece? Se um homem tiver cem

ovelhas, e uma delas se extraviar, não deixa para ele nos montes as noventa e nove, indo

procurar a que se extraviou? E, se porventura a encontra, em verdade vos digo que maior

prazer sentirá por causa desta, do que pelas noventa e nove, que não se extraviaram. Assim,

pois, não é da vontade de vosso Pai celeste que pereça um só destes pequeninos." Mateus

18:12-14. Qualquer pastor segundo o coração de Deus fará de tudo para recuperar pessoas

que estão se afastando do rebanho.

Terceira característica: O pastor segundo o coração de Deus não se coloca em evidência, e

sim, prega a Cristo: “Porque não pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor, e

a nós mesmos como vossos servos por amor de Jesus" II Coríntios 4:5. O pastor segundo o

coração de Deus sempre ha de se considerar um servo, dando toda a honra a Cristo Jesus.

Quarta característica: O pastor segundo o coração de Deus não age como dominador sobre

o rebanho, antes serve como exemplo: ". . . nem como dominadores dos que vos foram

confiados, antes tornando-vos modelos do rebanho”. I Pedro 5:3. O bom pastor anda na frente

do rebanho. como o seu exemplo e as ovelhas o seguem.

3. Pastores infiéis

A Bíblia nos fornece muitos elementos pelos quais se pode reconhecer o abuso neste

ministério - tanto no Velho como no Novo Testamento.

Quais são as características de um "pastor” infiel?

Primeira característica: Não busca ao Senhor para saber a sua vontade: "Porque os

pastores se tornaram estúpidos e não buscam ao Senhor; por isso não prosperam, e todos os

seus rebanhos se acham dispersos. Jeremias 10:21. O "pastor” que não se orienta pela

Palavra de Deus pode manter o domínio sobre o rebanho por algum tempo mas aos poucos o

rebanho vai se dispersando.

Segunda característica do "pastor" infiel: Ele apascenta a si mesmo: "Filho do homem,

profetiza contra os pastores de Israel; profetiza, e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Ai dos

pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as

ovelhas? Comeis a gordura, vestis-vos de lã e degolais o cevado; mas não apascentais as

ovelhas. "Ezequiel 34:2-3. O "pastor" infiel sempre está interessado em defender os seus

direitos - seu salário, seu dia de descanso, sua privacidade, sua família. Gasta a maior parte do

tempo cuidando de seus próprios interesses.

Terceira característica do "pastor" infiel: Ele não apascenta as ovelhas: " A fraca não

fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não li gastes, a desgarrada não tomastes a

trazer e a perdida não buscastes... Ezequiel 34:4. O "pastor" infiel faz poucas visitas aos

membros, deixa os fracos na sua fraqueza, deixa os “feridos espirituais" sem cuidar da sua

recuperação e não vai atrás dos que estão se afastando. Mesmo quando procurado, sempre

acha alguma desculpa para não atender aos que necessitam de cuidado espiritual. Ele não

quer ser perturbado em seu descanso. Mas faz questão de um bom salário. Quando faz visitas.

costuma visitar não os que necessitam, mas os que o apoiam na sua posição.

Quarta característica do "pastor" infiel: Ele exerce domínio sobre o rebanho: "Mas dominais

sobre elas com rigor e dureza" Ezequiel 34:4b. O "pastor” infiel age como se fosse dono da

igreja e considera a obrigação de todos os demais como sendo a mera obediência às suas

ordens. Ele desobedece frontalmente a ordem de Deus: "Não como dominadores sobre o

rebanho...". I.Pedro 5:3.

Quinta característica do "pastor" infiel: Ele quer ter a primazia: "Escrevi alguma cousa à

Igreja; mas Diótrefes, que gosta de exercer a primazia entre eles, não nos dá acolhida." III.João

9. O "pastor" infiel, não quer ser um servo da Igreja (II Coríntios 4:5), mas quer ser um chefe na

igreja. Não aceita ser um co--presbítero com os outros (I Pedro 5:1) mas quer ser um

chefe-presbítero. Ele é obstinado pelo poder. E por isso não costuma ler cartas quando outros

escrevem para ajudar (III. João 9) para não perder o seu domínio sobre a igreja.

Sexta característica do "pastor" infiel: Ele não dá acolhida na igreja a pessoas que não

apoiam a sua ditadura: "Não nos dá acolhida" III. João 9b. Ele faz de tudo para evitar qualquer

contato de membros com pessoas de fora que poderiam ajudar a igreja a retornar aos

princípios bíblicos.

Sétima caraterística do "pastor" infiel: Ele difama e faz calúnias contra pessoas que tentam

ajudar a igreja: ". . . proferindo contra nós palavras maliciosas" III João 10b

Ele não pode provar com a Bíblia que está certo, então procura desacreditar outros obreiros

que poderiam ajudar, levantando calúnias contra eles.

Oitava característica do "pastor" infiel: Proíbe a igreja de manter contato com pessoas que

não apoiam a sua posição anti-bíblica. "E não satisfeito com estas causas, nem ele mesmo

acolhe os irmãos, como impede os que querem recebê-los... "III. João 10b Ele faz de tudo para

isolar qualquer pessoa que poderia ameaçar o seu domínio.

Nona característica: Expulsa os insubmissos à sua ditadura da igreja: "E os expulsa da

igreja". III. João 10c. O "pastor" infiel não tem a mínima preocupação com a manutenção de

membros da igreja que poderiam ameaçar a sua autoridade. Não faz nenhum trabalho

espiritual de recuperação, não segue os princípios de Mateus 18,15-17 -simplesmente se quer

ver livre dos que não apoiam a sua posição autoritária - e os expulsa sumariamente.

4. Consequências para a igreja que tolera um pastor infiel:

Os membros se espalham: "Assim se espalham, por não haver pastor, e se tomaram pasto

para todas as feras do campo. As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes, e

por todo o elevado outeiro; as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a terra, sem haver

quem as procure, ou quem as busque". Ezequiel 34:5-6 - Numa igreja onde Cristo, o cabeça, é

suibstituido por um “pastor” ditador, fatalmente o rebanho se espalhará.

5. Conseqüências para os “pastores” infiéis.

Deus vai dar termo ao seu pastoreio: "Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu estou contra os

pastores, e deles demandarei as minhas ovelhas; porei termo ao seu pastoreio, e não se

apascentarão mais a si mesmos; livrarei as minhas ovelhas da sua boca, para que já não lhes

sirvam de pasto. Ezequiel 34:10. Um pastor ditador pode se manter por algum tempo no trono,

porém o dia vem quando Deus mesmo o afastara do seu ministério.

Convém lembrar mais uma vez que toda a liderança da igreja é responsável perante Deus

quando permite que se crie uma situação destas. A toda a liderança é atribuída o cuidado pelo

rebanho (Atos 20:17 a 28) e cada um dará contas a Deus pelas pessoas que foram

espalhadas.

Aos membros e igrejas cujos guias realmente velam pelas vossas almas queremos deixar o

texto de Hebreus 13:17 "Obedecei aos vossos guias (plural) e sede submissos para com eles:

pois velam por vossas almas como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria

e não gemendo; porque isto não vos aproveita a vós outros”.

Aos obreiros recomendamos que examinem o seu ministério e se tem procedido de tal forma

que. por sua causa, os membros se espalharam, que tenham a humildade de confessar o seu

pecado e procurar reintegrar os que foram dispersos. Pois, conforme lemos em Hebreus 13.17

“nós obreiros, daremos contas a Deus pelas almas dos que nos foram confiados”.